Mercado de Trabalho para Alta Gerência em maio
9 de maio de 2022Mercado de trabalho para alta gerência – o que vem por aí, papo reto
8 de outubro de 2024Em grande parte da indústria de transformação, agronegócio e serviços, já estamos nos níveis pre-pandemia. A economia brasileira tem indicadores econômicos que estão surpreendendo o mundo desenvolvido. A velocidade do crescimento econômico não para de acelerar e já começa a faltar mão-de-obra especializada, níveis gerenciais e de diretora.
Há 3 meses já escrevíamos sobre a chegada do apagão de mão-de-obra para cargos especializados e gerenciais. Nossos modelos matemáticos e projeções catastrofistas não permitiram captar as mudanças de 2021 e 2022.
Para complicar, nossos analistas econômicos Órgãos Públicos e Instituições ligadas à economia não estão captando os números de 2022 com a rapidez que a realidade se apresenta. As revisões para cima são mensais, seja em taxa de crescimento do PIB, inflação, taxa de desemprego, renda per capita e salário médio brasileiro.
Como a economia reage a estímulos e os estímulos não param, seja na redução de impostos, auxílios monetários à população carente, volta da pandemia e crescimento de vendas surpreendente no varejo e serviços, indústria e investimentos diretos, seja com melhora no superávit primário, balança comercial e outras variáveis intermináveis que não vem ao caso discutir agora. Todos os indicadores são positivos, algo inédito na nossa história.
A taxa de desemprego chegará em dezembro abaixo de 8 % na média nacional. Mas nos Estados do Sudeste e Sul do país já estamos na faixa de 7 % em média e caindo mensalmente, com geração de 200 mil empregos com carteira assinada, em média, todo mês. E quando você desce abaixo de 7 % a taxa de desemprego, os salários começam a se recuperar na mesma velocidade das contratações.
Estamos recolocando executivos seniores com idade entre 55 e 65 anos com relativa facilidade. O apagão é maior nos cargos da área de tecnologia, finanças, manufatura, suprimentos, logística e RH.
Alguns segmentos como construção, seja civil, infra-estrutura e de saneamento básico, metalúrgico, agronegócio, veículos pesados e tratores, autopeças, e serviços, já não conseguem achar profissionais disponíveis, tem que tirar do concorrente, e começa o ciclo de profissionais mudando de empresa, pedindo demissão e recebendo proposta de outras empresas com ganhos salariais significativos.
Existem várias opções para quem está contratando, lidar com isso, algumas opções são inevitáveis: buscar profissionais longe do endereço da empresa, contratar profissionais aposentados, oferecer trabalho híbrido e home office, aumentar a massa salarial, oferecer benefícios complementares, promover funcionários, formar mão-de-obra, automatizar sistemas e rotinas, abaixar a régua das exigências técnicas em contratação e aumentar horas trabalhadas. A diminuição da taxa de ociosidade nas fábricas de bens de consumo aumentou bastante, e novos investimentos em novas fábricas, em regiões inexploradas, é uma forma rápida de crescimento da produção. Todo grande grupo está fazendo isso.
Os executivos das regiões metropolitanas já aceitaram a migração para novas Cidades, novos Estados em regiões antes pouco industrializadas com ganho na qualidade de vida e diminuição de gastos familiares. Mas isso é para quem pode, e quem não pode se sacode.